reflexão crítica sobre o longa Ilha das Flores
O filme “Ilha das Flores” descreve como o capital produz a estratificação social a partir do conceito de “Quem vende e Quem pode comprar”. Esse “Quem” são todos os cidadãos constituintes da sociedade, incluindo o pequeno e grande produtor, o distribuidor do produto, o consumidor e os excluídos: aqueles que estão totalmente fora desse ciclo por não terem poder aquisitivo. O mais interessante no filme é a afirmação constante que apesar de não serem cotados como cidadãos e comerem a comida que nem porcos comem, essas pessoas são humanas com: “- Tele encéfalo desenvolvido e polegar opositor!”. Essa desumanização é tão real em nossa sociedade porque o indivíduo é qualificado pelos bens materiais que possui e pela sua capacidade de produzir para o capital.
No texto “O trabalho como princípio educativo frente às novas tecnologias “ de Saviani, fica claro que um dos maiores e mais importante aspectos diferenciadores dos tipos de trabalhadores existentes é a qualificação profissional, adquirida pela especialização técnica ou pelo nível superior. Citando historicamente, passando pelos bens comunais das tribos primitivas, pela Revolução Industrial até o séc. XXI onde, a hipertrofia escolar faz com que a educação seja reponsabilidade exclusiva dos professores. Contrastando a essas “super” escolas voltadas ao desenvolvimento intelectual, que somente a pequena parcela rica da população pode usufruir, há uma educação voltada para a massa populacional. Estas que na sua maioria são escolas de carentes de todo tipo infraestrutura .
No século XXI o trabalho não é excludente da educação uma vez que, a profissionalização qualifica a mão de obra. E são justamente os mais preparados que galgam os melhores salários com a possibilidade de uma vida mais confortável e mais digna. A noção de liberdade, na sociedade capitalista, está vinculada a propriedade, logo “quem” tem mais dinheiro, tem mais conhecimento, mais possiblidades, mais direito e possui um valor e