Reflexão As dificuldades do comércio

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS
DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA
DISCIPLINA: GEOGRAFIA DO COMÉRCIO E CONSUMO

REFLEXÃO 1
BERNSTEIN, William J. Uma mudança extraordinária: como o comércio revolucionou o mundo. Tradução Patrícia Sá; revisão técnica Márcio Scalércio; Rio de Janeiro: Elsevier, 2009.
Capítulo 2: As dificuldades do comércio O autor nos remete à época de conflitos das primeiras grandes civilizações gregas, para justificar e analisar alguns fatos que ocorrem na atualidade. Relatando a importância dos territórios, de suas relações políticas com outros territórios que o circundam, das rotas marítimas e terrestres para escoamento de produtos e mercadorias, ele deixa nítida essa importância, no trecho abaixo que foi extraído da página 37 do texto:
“O que há entre a Guerra do Peloponeso e a história do comércio? Muito, na verdade, porque as razões que impulsionaram os atenienses a buscar um império têm origem direta no comércio das commodities básicas – os grãos - e a geografia peculiar do berço helênico da civilização ocidental. Ademais, assim como as bases culturais e institucionais da civilização ocidental vieram primeiro à luz na Grécia antiga, também a obsessão do Ocidente atual pelo controle das vias marítimas vitais e dos pontos de estrangulamento marítimos estratégicos tem origem na configuração grega, agrícola e geográfica única, que a tornou dependente da importação de grãos. As forças que impulsionaram a Grã-Bretanha e os Estados Unidos a controlar as passagens marítimas mundiais nos séculos XIX e XX, respectivamente, surgiram primeiro da necessidade grega de se alimentar de trigo e cevadas importados.” Entender esse conflito antigo é de interesse de muitos países da atualidade e não é por acaso, pois os conflitos entre o Oriente Médio e as superpotências estão cada vez mais complicados ao longo da história, fazendo com que inevitavelmente lembremos as quedas de grandes potências no Mundo Antigo. O texto enfatiza, com diversas passagens