Reflexao sobre o tempo
JAVÉ DE OLIVEIRA SILVA1
É relevante e densa a afirmativa de Aranha (2006) "somos feito de tempo", por isso a memória histórica, a reconstituição do passado e o relato dos acontecimentos não são sempre idênticos em todos os tempos e em todos os lugares.
Esta constante
mudanças em que vive a natureza humana, afeta não somente o homem em si, mas toda sociedade que o cerca, criando valores e cresças que podem mudar no decorrer dos acontecimentos de forma lenta e gradativa.
O tempo sempre foi temática de centro de muitas discussões, por isso grandes nomes discutem e procuram discorrer sobre o assunto, como Maria Lúcia A. Aranha
(2006, p. 20) a qual afirma que "nada escapa a dimensão do tempo", já que "somos seres histórico". vale resaltar que a definição de tempo utilizada como referencia é aquela fundada "num olhar dicotômico, que fragmenta as dimensões presente/passado/futuro"
(GALZERANI, 2013), ideia esta predominante na maioria das vezes. Neste sentido, conclui-se que todos os acontecimentos e fatos contribuem e marcam o seu lugar na história da humanidade.
Infelizmente, a sociedade atualmente pautada exclusivamente para a forma mecanicista, industrial de viver desvaloriza os fatos acontecidos e muitas vezes ignorando fatos importantes que podem influenciar e mudar o rumo de muitos acontecimentos. Diferentes das sociedades antigas que preservam e rememoravam as histórias de seus ancestrais para explicar os fatos e dar sentido a vida do povo, por meio de lendas, mitos e contos que serviam de inspiração e ajudavam a criar um ambiente harmonioso nos lugarejos. Contudo, muitas tradições que eram e são vistas por muitos povos como capazes de lhe trazer algum beneficio ou tanger sua conduta moral, já não aceitas na sociedade atual, pois ferem os direitos humanos, como o relata o filme "Flor do Deserto", onde retrata a situação vivida pelas meninas de uma tribo nômade da
Somália, que brutalmente sofrem mutilação em