Reflex es sobre a rela o entre l ngua e escrita segundo Saussure

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO
FACULDADE DE EDUCAÇÃO E LINGUAGEM
CAMPUS UNIVERSITÁRIO “JANE VANINI”
DEPARTAMENTO DE LETRAS

Thaís Poltronieri Silva1

Reflexões sobre a relação entre língua e escrita, segundo Saussure

Primeiramente, para Ferdinand de Saussure a língua funciona como um sistema em que se busca seguir padrões gramaticais e não leva em consideração as práticas da fala e suas variações. Assim, a língua segue através de gerações servindo como modelo padrão a ser seguido por cada comunidade linguística. Falar em Saussure é pensar a língua como um registro sistêmico onde ele deixou como legado suas teorias e dicotomias sobre língua/fala, expostas mais tarde no Curso de Linguística Geral. Pensando a língua como um sistema, vemos que a escrita é a materialidade da língua, como por exemplo, os dicionários e as gramáticas funcionam como grandes guardiões da língua, pois estes mostram a adequação de cada termo e como ele deve ser empregado na língua oficial em funcionamento. Exclui-se, no entanto, o próprio uso da língua em funcionamento e inclui-se apenas a língua como regra, ou seja, a língua se faz por si mesma independentemente dos usos no cotidiano e de suas variações. No entanto, como podemos constatar na obra de Saussure, a historicidade não pode ser excluída da língua.

Incluem ela, primeiramente, todos os pontos em que a Linguística confina como Etnologia, todas as relações que podem existir entre a história duma língua e duma raça ou civilização. Essas duas históricas se associam e mantêm relações recíprocas.
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Em segundo lugar, cumpre mencionar as relações existentes entre a língua e a história política. Grandes acontecimentos históricos, como a conquista romana, tiveram importância incalculável no tocante a inúmeros fatos linguísticos. (SAUSSURE, 2006, p. 29).

O autor confirma a relação histórica da língua como ponto para o próprio estabelecimento dela. Os fatos históricos foram oficializados através da língua, em registros