Refino Eletrolitico
Nestor Cezar Heck – UFRGS / DEMET
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10 Refino eletrolítico
10.1 O que é?
É a dissolução de um metal de valor ‘impuro’ em um eletrólito, por meio de reações eletroquímicas, seguida pela redução eletrolítica ‘seletiva’, exclusivamente do íon do metal que está sendo refinado.
10.2 Aplicação
O processo de refino eletrolítico é empregado exclusivamente com o objetivo de purificação de metais.
10.3 Considerações gerais
Os íons são fornecidos à solução e a sua concentração é mantida em um nível adequado pela dissolução do ânodo – constituído pelo metal ‘impuro’. No cátodo – feito do mesmo metal, previamente obtido e purificado, denominado cátodo de partida 1 – se deposita o metal ‘puro’.
Com soluções aquosas, o refino permite a recuperação de metais preciosos e de outras impurezas como subprodutos. As impurezas muito nobres (Au, Pt) apresentam a tendência de não se dissolver no eletrólito, depositando-se no fundo da célula. De lá são coletadas como lama anódica e encaminhadas para o seu aproveitamento. No eletrólito ficam íons das impurezas mais ativas que o metal de valor (no caso do Cu, os elementos Ni, Sb e Se), que não se reduzem. Enquanto que as impurezas mais nobres não interferem no processo, as impurezas ativas fazem parte do eletrólito e, por isso, podem perturbar a operação quando em concentrações elevadas. Assim, de tempos em tempos, elas devem ser eliminadas do eletrólito 2 e, se possível, recuperadas como subprodutos.
Altos níveis de pureza podem ser obtidos pela técnica de refino eletrolítico em soluções aquosas, com o teor do metal de valor de 99,9% ou maior.
O refino eletrolítico é o principal método de refino para o Cu, Ni e algo do Pb produzido. Ele também é usado, em certa extensão, na purificação de outros metais como: Fe, Co, Sn, Ag e Au. A forma não-aquosa – ou seja, em sal fundido – é muito rara, e só foi empregada até agora no refino do alumínio, em escala de