Relação Saúde-Doença

Beatriz Lavor
ANTROPOLOGIA - Relação Saúde-Doença
O texto relação saúde-doença aborda sobre como para cada cultura existem diferentes explicações e curas para doenças. E que para cultura também há diferentes representações para exercer o combate às doenças, tais como médicos e curandeiros. O texto entra também no mérito de como é importante, nesse contexto, explorar o campo da religião e das crenças além do saber científico, para a cura de determinadas doenças, defendendo que desde que direcionada à cura, todos os sistemas médicos, independente da disputa médica-religiosa, são legítimas.
O pensamento místico-religioso ocupa um lugar muito singular nas explicações do mundo. Acerca disso, Lévi-Strauss afirma que a base das técnicas de cura consistem na eficácia simbólica que elas representam. Assim, o poder dos rituais está em compreender como as referências simbólicas interferem no tratamento, definindo um sentido comum para a doença , e a partir da confluência das crenças do feiticeiro sobre a prática, do doente sobre o feiticeiro e da comunidade sobre o ritual é possível chegar à uma cura.
Considerando que a cultura ocidental, onde ao mesmo tempo em que se busca o saber médico, também se busca rituais para uma maior eficácia do tratamento, a antropologia médica tem se dedicado a compreender o uso social das técnicas terapêuticas, direcionando-se para a transformação da experiência da doença, onde a corporificarão do que está no imaginário e espiritual representam fundamental importância na descoberta e manipulação da solução, para além do método cientifico apenas.
Lévi-Strauss diz em seus estudos, que muitas vezes, doenças psicossomáticas podem provocar modificações orgânicas também, e nessa conjuntura, é importante na investigação da doenças estar atento não somente ao órgão isolado do corpo, como ocorre na medicina oficial, mas o corpo como um conjunto que interage, onde a identidade do corpo por inteiro contribui muito para a eficácia de qualquer