Refino de petróleo no mundo

1º parágrafo
O que está se passando com o refino? Desde que o mundo passou por uma fase de rápida expansão da economia entre 2004 a 2008, seguida de uma fase de recessão e queda de taxas de crescimento, que foi acompanhada por um movimento semelhante dos preços de petróleo e derivados, o setor de refino entrou em um longo período de transformação ainda em curso. Em 2009 e no primeiro semestre de 2010 notou-se que várias refinarias localizadas em países desenvolvidos foram reduzindo suas atividades ou mesmo parando, em decorrência de margens de refino muito baixas ou mesmo negativas. Em julho/ 2010 a ConocoPhillips anunciou que desistiu de investir em sua refinaria alemã em Wilhelmshaven e pode até pensar em vendê-la, se achar quem compre, ou transformá-la em um terminal. Esta é mais uma planta que vem se juntar a outras que estão sendo oferecidas, funcionando ou paradas, na Europa e nos Estados Unidos. Geralmente, são refinarias de baixa complexidade que sofrem a concorrência de novas refinarias, mais complexas, que foram planejadas nos anos em que a margem era vantajosa e que agora estão entrando em operação para disputar um mercado que só cresce na Ásia, América Latina e Oriente Médio.

2º parágrafo
Outro fato muito relevante na indústria do petróleo que merece alguma reflexão é o “desinvestimento” de várias grandes empresas de petróleo em suas unidades de refino. Tem sido noticiado, na imprensa especializada, a venda de um grande número de refinarias, especialmente pequenas e médias, por parte de grandes empresas como a Shell, a BP e outras. O interessante é que os compradores, na maioria dos casos, são empresas financeiras – equity funds. Será isto uma tendência, ou as grandes empresas estão precisando fazer caixa e, por isso, estão vendendo barato essas refinarias, porque hoje as margens de refino estão baixas? E como esses equity funds irão recuperar seus investimentos em refinarias que, em geral, estão defasadas com relação à capacidade de processamento