Referencias para trabalho
Apesar do grau de sofisticação que poderia atingir uma exposição rigorosa da matéria, é perfeitamente possível apreendermos suas lições sem incursões matemáticas ou estatísticas, que talvez servissem apenas para nos levar a um distanciamento injustificável do que é relevante para o dia-a-dia.
“Viver implica, necessariamente, na assunção de riscos”, gostava de frisar um antigo professor. Assertiva esta que me estimula à correlação do conceito com um dos ensinos do Mestre: “Qual de vocês, se quiser iniciar uma construção, primeiro não calcula o preço, para ver se terá recursos suficientes para completá-la?”.
De certa forma, o retorno é inevitável, pois colhemos ao longo da vida os frutos de nosso plantio. Sejam sementes oriundas de ações estruturadas, sejam decorrentes da passividade ou omissão, temos nos resultados que alcançamos a expressão pura de um direito inalienável. Investir no aperfeiçoamento de modelos de gestão de riscos, principalmente, quando não se sabe com clareza a classe de retornos que as investidas até então realizadas poderá proporcionar é, ao menos, paradoxal. Isto em regra faria tanto sentido quanto os esforços de um engenheiro em prol de sua especialização em música
– salvo se fosse talvez para erigir um anfiteatro peculiar.
Não pretendo aqui desprezar o fato inconteste de que há momentos na vida em que a única forma de se pôr ordem na casa é justamente pela reconstrução, quem sabe até com recurso a modelos inéditos, podendo incluir mudanças drásticas, afinal a criatividade com que fomos presenteados tem uma missão a cumprir, fazendo-o somente se liberada.
Risco e retorno