Referencias literarias e teoricas
A brincadeira de faz-de-conta: lugar do simbolismo, da representação, do imaginário
Edda Bomtempo
1. Referências Literárias e Teóricas
1.1 Na Alemanha, Goethe e Schiller eram especialmente sensíveis ao componente imaginativo nos jogos das crianças e suas implicações no comportamento adulto, especialmente no que diz respeito à produção artística. (pág. 58)
1.2 Froebel e Pestalozzi, pioneiros no campo da educação infantil eram particularmente sensíveis a importância do jogo na infância relacionado à prática do ensino e educação da criança. (pág. 58)
1.3 Muitos teóricos estudiosos do assunto, como Freud (1976), Piaget (1971), Luria (1932) e Vygotsky (1984) afirmam que o jogo da fantasia possibilita observar a origem dos devaneios na fase adulta. (pág. 59)
1.4 Pra Piaget (1971) quando brinca, a criança assimila o mundo à sua maneira, sem compromisso com a realidade, pois sua interação com o objeto não depende da natureza do objeto mas da função que a criança lhe atribui. (pág. 59)
1.5 O jogo simbólico implica a representação de um objeto por outro, a atribuição de novos significados a vários objetos, a sugestão de temas ou a adoção de papeis. (pág. 59)
1.6 O apogeu do jogo simbólico situa-se entre 2 e 4 anos de idade, declinando à partir daí. (pág. 60)
1.7 De acordo com Singer (1973), a maior parte dos jogos de faz-de-conta também tem qualidade social no sentido simbólico. (pág. 60)
1.8 Para Vygotsky (1984) o que define o brincar é a situação imaginária criada pela criança. (pág. 60)
1.9 As crianças querem satisfazer certos desejos que muitas vezes não podem ser satisfeitos imediatamente. (pág. 61)
2. Ação e significado no brinquedo
2.1 Vygotsky dá ênfase à ação e ao significado no brincar. Para ele é praticamente impossível uma criança com menos de 3 anos envolver-se em uma situação imaginária, porque ao passar do concreto para o abstrato não ha continuidade, mas uma descontinuidade. (pág. 61)
2.2 (...) para Vygotsky, o mais importante