Redemocratização da América Latina (prof. Cacá)
Texto elaborado pelo professor Cacá Jacomuci, bacharel em história pela FFLCH da USP.
REDEMOCRATIZAÇÃO DO BRASIL
GOVERNO GEISEL (1974-1979) o grupo "Castelista" voltava ao poder com a eleição indireta do Gal. Ernesto Geisel, incumbido de restabelecer a hierarquia nas Forças Armadas, ameaçada pela crescente autonomia dos oficiais envolvidos diretamente com os órgãos de segurança. Além disso, a repercussão que a morte e tortura de presos políticos vinha provocando, incomodava os "Castelistas'" que viam a imagem dos setores militares arranhada. No plano internacional, Jimmy Carter, Presidente dos EUA, empunhava a bandeira dos direitos humanos, o que criava um ambiente incômodo para os ditadores sul americanos
A abertura política O Gal. Geisel e seu fiel assessor, o Gal. Golbery, colocam em prática o plano original do grupo, retirando os militares para os quartéis e devolvendo a direção do país à sociedade civil. A promessa do Presidente General era de iniciar um processo de distensão do regime de forma ‘lenta, gradual e segura’, o que significava que não estava, nos planos dos militares, a entrega do poder para oposicionistas. O processo de abertura foi marcado por avanços e recuos, medidas liberalizantes eram acompanhadas por novas medidas de exceção, de modo a não permitir que o poder decisório saísse do círculo militar e dos setores civis conservadores, aglutinados na ARENA. Em 1974, foram realizadas eleições legislativas em um clima de relativa liberdade de expressão dos candidatos nos meios de comunicação. O resultado foi a vitória do MDB nas eleições para o Senado e um resultado surpreendente na Câmara (48% dos votos). O fato serviu de munição para as críticas da 'Linha Dura' ao processo de abertura.
Gal. Ernesto Geisel
Nos órgãos de segurança, os oficiais preocupavam-se com a perda de suas funções e privilégios que o clima de exceção lhes