Rede Elétrica em Goiás
O Estado sempre esteve ligado à produção, difusão e uso das redes técnicas. Mas Dupuy (1998) ressalta que muitas redes foram criadas pela iniciativa privada, uma vez que as companhias investidoras esperavam se beneficiar dos mercados emergentes. Sobre as privatizações das redes, Ueda (2002) assinala que elas vêm se intensificando em decorrência do caráter estratégico que as redes técnicas assumem diante do território. Isso porque, as redes se constituem como componentes essenciais para o sistema de ações comandadas por diferentes atores sociais, como ressaltado por Santos (1996).
A geração de energia elétrica em Goiás tem uma considerável participação no conjunto da produção nacional por matriz hidráulica. Também vem crescendo a quantidade de geração por matriz térmica nas destilarias produtoras de etanol. O fato é que uma análise das redes técnicas em Goiás nos leva a pensar, antes de tudo, no papel indiscutível que a energia elétrica desempenha na modernização, sendo um componente substancial das redes técnicas, o que nos leva a analisar o sentido territorial do modo como a produção, transmissão e distribuição estão configuradas.
Em Goiás foi criada a Centrais Elétricas de Goiás S. A. em 1955 e no ano seguinte entrou em operação as Usinas de Rochedo, no Rio Meia Ponte, e São Patrício (Cachoeira do Lavrinha), no rio das Almas. A capacidade instalada de Goiás também aumentou nesse período quando, em 1959, entrou em operação a primeira etapa da Usina Hidrelétrica de Cachoeira Dourada.
A Centrais Elétricas de Goiás (Celg), responsável pela transmissão, distribuição e comercialização de energia elétrica no território goiano, passou a ser denominada, em 1999, de Companhia Energética de Goiás. A partir de contratos firmados com a ANEEL em 2000 e 2001, os serviços de distribuição foram separados dessa companhia e foi criada a Celg Distribuição S.A, nova responsável por esses serviços. Também foi criada uma subsidiária de geração e transmissão