redação narrativa
Sophia, que já havia se interessado em música de forma doentia, agora passava longe de lojas de instrumentos musicais, considerava o inferno. Mas suas amigas a deixaram esperando no shopping, ao lado de uma. Tentação.
Não, ela não ia entrar, não importa se aquela loja era a melhor e tinha pianos de cauda, violinos importados. Não importava.
Claro que importava. Ela estava curiosa e seu maior desejo no momento era entrar lá.
Mas havia um outro problema, lá era onde seu exnamorado trabalhava. Eles haviam sido um casal de músicos perfeitos.
Ali estava Sophia, tentando fugir do destino e do convite que Gabriel havia lhe feito há dias para eles conversarem nessa exata loja. Mas havia outro problema: ela havia tirado a aliança de namoro. Se odiou por isso e odiou sua amiga por ter a obrigado a testar um creme hidratante para as mãos, o que a fez tirar o anel. Droga! Ela nunca tirava o anel, pois morria de saudades daquele namoro, e agora, quando mais precisava dele, ela o havia tirado! Burra!
Ela viu passar uma de suas colegas, que logo gritou:
—Sôph!!! Como você está meu anjo?
DROGA. DROGA. DROGA. MARGÔ NÃO PODIA TER GRITADO.
—Estou bem. — Respondeu, tímida.
NÃO. NÃO ESTOU. VOCÊ ACABOU DE GRITAR MEU NOME E ELE
PROVAVELMENTE SABE QUE ESTOU AQUI AGORA.
Margô, sem perceber sua reação de espanto, a pegou pelo braço e a puxou para dentro da loja de instrumentos musicais. Hoje era seu dia de sorte.
Tentou se esconder atrás de um violão, mas foi mal sucedida, pois ela era alta e não conseguia ficar abaixada sem estar com a coluna reta. Nesse momento, amaldiçoou seus anos de ballet.
—Sô? —Surgiu a voz de Gabriel, e ela que estava fugindo dele todos esses dias, só para não sentir o que estava sentindo agora, se arrepiou. Droga de amor. — Oi, Gabe. —Ela corou. Ficou tão vermelha quanto um tomate. DROGA DE
AMOR!
—Você apareceu. —Ele disse, sorrindo de um jeito que só sorria para