redaçoes
Um dilema cor-de-rosa
Da Idade da pedra à Pós-modernidade muitas foram as mudanças nas relações de gênero. Em pleno século XXI, as mulheres mostram-se capazes de reinventar toda uma estrutura sócio-política à seu favor, abrindo assim uma nova discussão à respeito do impacto de tal reviravolta.
O Palácio do Planalto e a Casa Rosada ganharam em 2011 mais um ponto em comum: ambas as sedes presidenciais são regidas por mulheres, situação semelhante a de 40% dos lares brasileiros. A diversificação da mão-de-obra feminina levou-as a alcançar, pela primeira vez, a soberania universitária. Elas já são 60% em instituições de ensino superior, ocupando, dessa forma, posições que outrora fora reduto exclusivamente masculino.
Todavia a redefinição do papel das mulheres na sociedade resultou em um dilema para elas: A presença no mercado de trabalho leva à ausência no lar. É biologicamente comprovado que os instintos femininos tem afinidades ao cuidado do lar e da família. Mais do que isso: a mulher é essencial na arte de educar.
Dessa forma, observa-se que a inexistência de mães no trabalho educativo expõe os filhos a uma infância menos saudável e provoca deterioração dos valores tradicionais. Sem a vigilância maternal, os índices de violência entre os jovens multiplicaram-se nos últimos 30 anos.
Fica claro que a mulher conseguiu, ao longo da história, construir uma nova imagem e alcançar novos espaços, porém colocou-se no dilema família X trabalho. É preciso achar um meio termo para que ela exerça tanto o papel profissional quanto o pessoal familiar. Afinal, as fogueiras que elas enfrentaram não podem ser esquecidas.
Rafael Oliveira Andrade – Aluno do 3º ano do colégio Sistema