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Altruísmo um instinto biológico.
O altruísmo sempre esteve presente, não apenas na contemporaneidade, mas desde a criação do mundo com o surgimento dos primeiros seres vivos. Ele é inerente a todas as espécies, inclusive aos humanos. Mas o capitalismo com suas campanhas de consumismo e benefícios instantâneos fazem as pessoas esquecerem seu significado, dando espaço ao egoísmo.
Comte define que, para o altruísmo transparecer, o egoísmo deve ser dominado fazendo emergir as ações benévolas, presentes em todo o ser humano. Isso ocorre quando tragédias acontecem; por exemplo, em casos de enchentes, na Baixada Fluminense no Rio; ou em incêndios como a boate em Santa Maria.
Mas ajudamos por que somos bons ou por que agimos por um instinto biológico? Muitas pessoas que agiram perante um desastre dizem não ter pensado racionalmente, foram levados pelo instinto. Na seleção natural as várias relações ecológicas benéficas- como a protocooperação ou mutualismo- ajudaram a sobrevivência das espécies. E também vários são os exemplos de altruísmo entre os animais como os morcegos hematófagos que dividem o sangue com membros do grupo que foram menos afortunados na caça.
Oren Harman, um cientista israelita, autor do livro "O Preço do Altruísmo" afirma que quando fazemos boas ações para outros, há processos biológicos em nossos corpos que, inconscientemente, melhoram nosso bem-estar. O altruísmo pode estar velado, mas é impossível ausentar-se dele já que faz parte de nosso inconsciente. Ações do cotidiano nos definem como solidários, por exemplo, quando oferecemos um chiclete, ou até a disputa por quem pagará a conta no restaurante.
Além disso, são raras as pessoas que conscientemente se dispuseram a ajudar o próximo, mas são lembradas como heróis, isso prova que o altruísmo também é valorizado. Jesus Cristo, Mahatma Gandhi, Martin Luther King ambos deixaram um legado para as gerações futuras. Uma ação altruísta é também, uma ação a longo prazo.
Mesmo a sociedade sendo