Reciclagem
Tania Maria de Melo Moura (1)
Este texto tem como objetivo principal iniciar uma discussão conceitual sobre questões inerentes ao processo de ensino-aprendizagem de jovens e adultos. As reflexões em torno das questões propostas deverão instigar a discussão em busca de outras leituras que desencadeie o “desenvolvimento proximal” em torno da temática.
Palavras-chave: ensino-aprendizagem, jovens e adultos, desenvolvimento real, desenvolvimento proximal.
Questões introdutórias e norteadoras à discussão
O desenvolvimento desse tema requer que partamos de uma série de questões problematizadoras:
1 - Por que nos referimos a processo, o que significa processo?
2 - Por que tratar o termo ensino-aprendizagem de forma separada apenas por um hífen, como se representasse uma única categoria, quando são duas categorias que apesar de serem inseparáveis, tem especificidades próprias e envolve sujeitos com características diferenciadas?
3 - Como ocorre o processo ensino-aprendizagem com e de jovens e adultos?
4 - Quais as condições para que esse processo ocorra de fato, possibilitando a formação cultural e humana dos sujeitos?
A releitura dessas questões desencadeia inúmeras reflexões.
O que se compreende por processo?
Etimologicamente falando processo quer dizer “conjunto de atos por que se realiza uma operação qualquer. Seqüência contínua de fatos que apresentam certa regularidade; andamento; desenvolvimento [...]” (Grande Dicionário Larousse, 1999, p.742).
Pragmaticamente entendemos por processo o movimento de sujeitos em espaços-tempo, interagindo dinâmica e dialogicamente em busca de atingir objetivos individuais e coletivos.
No caso da prática pedagógica o processo refere-se ao ensino e a aprendizagem, e o espaço tempo em que se dá esse processo é a sala de aula, o laboratório, o campo de estágio entre outros. Para Masetto (2003, p. 88), tradicionalmente a