Reciclagem concreto
A significativa quantidade de resíduos produzida pela construção civil, relacionada à falta de qualificação, de utilização de novas tecnologias e ao alto grau de desperdício provoca um grande problema, pois as áreas irregulares de descarte são responsáveis pela contaminação de rios; dificultam a drenagem e causam o assoreamento, entre outros. No Brasil, o setor é o maior responsável pela geração de resíduos. Estima-se que até 10% do material nos canteiros de obras é desperdiçado, sendo que mais de 90% desses resíduos podem ser reutilizados. Dois tipos de concreto podem ser reciclados: resíduos de concreto das centrais dosadoras e resíduos de concreto provenientes de Resíduos de Construção e Demolição. Para amenizar o problema e ainda baratear as obras algumas instituições pesquisam e fabricam concreto reciclado e outros produtos que podem substituir o concreto tradicional nas obras. O reaproveitamento, além das vantagens econômicas e ecológicas, pode substituir até 25% dos agregados convencionais sem alterar as propriedades mecânicas.
Um pesquisador da Universidade Estadual Paulista (Unesp) inovou o processo substituindo a areia por resíduos de construção e demolição. Obteve um produto de 20% a 30% mais barato e com resistência 39,5% superior, em média, à estabelecida pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Ele molda os blocos em fôrmas de plástico de baixo custo. A partir da trituração dos resíduos surge uma mistura um pouco mais grossa que areia. Ao substituir 60% da areia pela mistura, o pesquisador descobriu que, além da resistência elevada, o concreto reciclado apresentou elasticidade 14% superior à exigida pela ABNT.
Já estudantes do curso de Tecnologia de Construção do Centro Federal de Educação Tecnológica do Paraná (Cefet) desenvolveram o projeto Isopet, com o qual é possível construir uma casa utilizando blocos fabricados com areia, cimento,