Receção crítica: “os arquitectos e a modernidade do popular: o inquérito à arquitectura popular em portugal” in etnografias portuguesas (1870-1970): cultura popular e identidade nacional de joão leal

1189 palavras 5 páginas
Universidade de Coimbra
Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade de Coimbra
Licenciatura em Antropologia

Antropologia do Espaço

Receção Crítica:

“Os Arquitectos e a Modernidade do Popular: O
Inquérito à Arquitectura Popular em Portugal” in
Etnografias Portuguesas (1870-1970): Cultura Popular e Identidade Nacional de

João Leal

Ana Maria Domingues Fonseca
Nº 2010139039

FCTUC

Antropologia

2012/2013

Anterior ao Inquérito à Arquitectura Popular em Portugal houve um
Inquérito à Habitação Rural, que mostrou que eramos um País pobre, no entanto o modelo da casa portuguesa proposto por Raul Lino continuava em vigor e era apoiado pelo regime do Estado Novo, certas características arquitetónicas pretendiam unificar a Arquitectura em Portugal. Enaltecer a identidade nacional, a sua cultura e a luta contra arquitectura moderna eram os objectivos do Estado Novo e com o modelo da casa portuguesa isso estava a ser possível.
A arquitectura moderna tinha como princípios a descoberta de novas formas que iriam responder às necessidades do local, explorando a utilização de novos materiais e de novas técnicas de construção e realça “o primado da função sobre a forma” como refere João Leal. Movidos por estes valores vários Arquitectos rejeitavam este modelo da casa portuguesa, contestando a “acção de policiamento” que o regime exercia sobre eles. De certo modo estavam também a criticar a objectificação que o regime estava a exercer sobre a cultura portuguesa, o facto de querer unificar a habitação no país não era mais que uma obstrução ao progresso e a perda de valores próprios de cada cultura regional/ local.
Keil do Amaral, aparece no contexto de um movimento de contestação e de apoio a introdução da arquitectura moderna em Portugal, acreditando que era possível que tanto a arquitectura dita popular como a moderna poderiam coexistir e interligar-se entre si. É no I Congresso
Nacional de Arquitectura, em 1948, que

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