Recensão de "Everday forms of resistance", um texto de James Scott

Universidade de Coimbra
FCT
Teoria e História da Antropologia
2012/2013

Recensão- “Everday forms of resistance”

Este texto, da autoria de James Scott, inicia-se por dizer que as situações de conflito são apresentadas por historiadores, especialistas em ciência política, jornalistas ou líderes de movimentos políticos. Mais, as análises deste tipo de conflitos destinam-se sobretudo a explicar sobre que circunstâncias os grupos em conflito recorrem a uma forma aberta de acção política. Isto mostra-nos porque razão, certos grupos, em determinadas condições tem maior probabilidade de empregar formas violentas de acção política, como por exemplo as manifestações e movimentos revolucionários em vez de formas menos violentas, tais como petições ou marchas políticas. Isto resulta de ponderadas comparações históricas, em que os sociólogos começaram a desvendar como certas estruturas sociais, sistemas de Estado, valores culturais e práticas históricas ajudam a delinear a acção política. Continuando, embora sejam inegáveis os avanços feitos, de acordo com aquelas linhas, as mesmas estão comprometidas por uma visão estreita e pobre da acção política, e grande parte da acção política é ignorada, subvalorizada sobretudo por duas razões principais: primeira, porque não é abertamente incluída na compreensão comum/normal da política, e segundo, porque nem o grupo de acção se insere na compreensão comum da acção colectiva. Ora, isto leva a que a ideia seja a de que muita da política dos grupos subordinados caia na categoria de os termos quotidianos de resistência, e tais actividades deviam ser considerados como políticas que constituem uma forma de acção colectiva, e uma análise que os ignora, está também a ignorar os meios vitais através das quais as classes mais baixas manifestam os seus interesses políticos. Isto mostra-nos que para discernir as circunstâncias que levam certos grupos a serem mais violentos que outros, e que não pode-se descurar essas formas de