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Os senhores de engenho, com medo de que os quilombolas incitassem mais escravos e prejudicassem a mão-de-obra de suas fazendas, ficaram extremamente perturbados com o crescimento de Palmares e convenceram as autoridades a tomarem atitudes repressivas. O objetivo era amedrontá-los e puni-los da forma mais severa possível, para que os negros escravizados temessem juntar-se a eles.
Localizado na região da Serra da Barriga, em Alagoas, o Quilombo dos Palmares resistiu a pequenas investidas por mais de meio século. A primeira foi realizada pelos holandeses em 1644, a mando de Rodolfo Baro. Os quilombolas se esconderam estrategicamente atrás de árvores cortadas e ordenaram o ataque quando viram que os inimigos se aproximavam, vencendo-os facilmente.
No ano seguinte, os holandeses tentaram mais uma vez exterminar Palmares, desta vez sob liderança de João Blaer. Porém, eles ficaram surpresos ao chegarem no local e não depararem com os negros revoltosos. Esta expedição acabou se tornando desgastante, pois os palmarinos aguardavam o horário de descanso dos holandeses para saquear armamentos e atacar os combatentes. Sem perspectivas de vitória, os inimigos bateram em retirada.
Em 1667, o governo de Pernambuco ordenou que o capitão Zenóbio Accioly de Vasconcelos invadisse a Serra da Barriga. Ele conseguiu fazer um mapeamento da área e exterminou um mocambo, mas o estado de Pernambuco estava economicamente quebrado por conta da crise açucareira e as tropas tiveram que voltar para o estado.
O quilombo se mantinha financeiramente com o comércio de açúcar exportado da Jamaica e a produção agropecuária. Eles trocavam mercadorias nas vilas