Rajetória e compromissos da geografia brasileira
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Em seu texto “Trajetória e Compromisso da Geografia Brasileira”, Ariovaldo de Oliveira destaca que de acordo com o senso demográfico de 1991 75% da população reside na cidade. E, que também, a indústria foi se concentrando de maneira significativa na grande São Paulo. Consequentemente, esta reorganização territorial da indústria trouxe um nova reorganização no campo brasileiro, como, por exemplo, a industrialização da agricultura. Os bóia-frias, por sua vez, passaram a ser os “novos estranhos pobres” que habitam as periferias das cidades. O sudeste do é hoje a região mais urbanizada do país. Sul do Brasil teve de um lado a industrialização da agricultura expandindo o assalariamento no campo e de outro a industrialização trazida pela integração trazida pela integração na avicultura e suinocultura, que trouxe consigo a consolidação e a expansão do campesinato. No Centro-Oeste a expansão da soja e as transformações na pecuária bovina massacram povos indígenas e posseiros, ou, na melhor das hipóteses, vão sendo empurrados para terras de baixa produtividade. O Nordeste, através de “políticas de incentivos fiscais” recebeu a indústria. a Amazônia, sendo rica em recursos minerais, foi alvo de uma série de projetos nacionais e internacionais, como por exemplo, o Projeto JARI, o qual é controlado por mais de vinte empresários nacionais. “São portanto, os capitalistas Brasil os maiores latifundiários desta terra, revelam assim o caráter rentista que o capital assume internamente no país”. 05 Assim sendo, a reordenação territorial está mudando a geografia do Brasil. Está mudando o mundo capitalista. O capitalismo adquiriu novos padrões de acumulação e exploração. É esta nova cara do capitalismo que muitos chamam de modernidade, e que alguns geógrafos denominam Geografia pós-moderna. Segundo o autor, a dívida externa brasileira hoje ultrapassa os 137 bilhões de dólares, e o país tem desembolsado anualmente mais de uma dezena de bilhões de dólares como