Radioterapia
A radiação começou a ser utilizada para a terapia do câncer tão logo Röntgen descobriu o raio X em 1895. Muitas complicações apareceram pois a radiação concentrava quase toda a sua energia na pele (ver figura 1). Após a segunda guerra, devido ao grande avanço na área de eletrônica e na quântica, iniciou-se a contrução de Betatrons e aceleradores lineares, aumentando assim as energias dos raios X, fazendo que o raio X depositasse mais energia a quatro centímetros de profundidade.
No final da década de 30 os irmãos Lawrence ( Ernest e Jonh) iniciaram a terapia de câncer com nêutrons, utilizando um ciclotron desenvolvido pelo próprio Ernest. Mas eles não obtiveram nenhum resultado conclusivo.
Em 1946, Robert Wilson propôs a utilização de prótons a partir de sua observação sobre a distribuição de dose com estas partículas. No artigo em que ele escreveu sobre isto ele disse:
"... the specific ionization or dose is many times less where the proton enters the tissue at high energy than it is in the last centimeter of the path where the ion is brought to rest; ... these properties make it possible to irradiate intensely a strictly localized region within the body, with but little skin dose; ... since the range of the beam is easily controllable, precision exposure of well defined small volumes within the body will soon be feasible." Onde ele antecipou os efeitos de uma terapia de prótons num tumor. Outras técnicas de terapia com radiação foram surgindo a partir de 1975, utilizando partículas , núcleos pesados como o de carbono e de neônio, mas o neônio ou mais pesados que ele foram logo descartados pois tendem a fragmentar, formando assim um "chuveiro" de partículas.
2) Fatores em radioterapia
O efeito básico da radiação ionizante é destruir a capacidade das células se dividirem e crescerem. Isto ocorre tanto para células cancerosas como para as saudáveis.
O efeito biológico de um feixe depende de vários fatores, mas iremos