radiação
A radiação é o transporte de energia de um ponto a outro do espaço, por meio de um campo periódico ou por partículas subatômicas (DORE, 2004). A radiação pode ser dividida em dois grupos: radiação corpuscular e radiação eletromagnética (GOLIN, A., 2004).
A radiação de natureza corpuscular é caracterizada por sua carga, massa e velocidade: pode ser carregada ou neutra, leve ou pesada, lenta ou rápida. Prótons, nêutrons e elétrons ejetados de átomos ou núcleos atômicos são exemplos de radiação particulada. A radiação eletromagnética é constituída por campos elétricos e magnéticos, o qual varia no espaço e no tempo. É caracterizada pela amplitude (tamanho) e pela frequência (ou, alternativamente, pelo comprimento de onda) da oscilação (TORRES, 2011).
Pode ser caracterizada, ainda, como ionizante e não ionizante, sendo a principal diferença entre elas a energia e, portanto a frequência ou, se preferir, o comprimento de onda (OLIVEIRA, 2013).
A ionização acontece quando a energia da radiação incidente sobre um material é suficiente para arrancar elétrons dos seus átomos. A radiação é dita não ionizante quando sua energia não é suficiente para arrancar elétrons dos átomos. Neste caso pode ocorrer a excitação do átomo, onde elétrons são levados a camadas mais externas do átomo, sem serem ejetados. Para a excitação de um átomo, a energia fornecida pela radiação deve ser igual à diferença de energia entre os níveis de origem e de destino do elétron. Este fato ocorre porque os elétrons se encontram em níveis de energia bem definidos nas camadas eletrônicas dos átomos (JÚNIOR, 2007).
As radiações de ambos os tipo, corpuscular e eletromagnética, ao sofrerem ionização modificam seu comportamento. Como consequência, podem ocorrer mutações genéticas e modificações nas células. Tal ação destrutiva pode ser utilizada no tratamento de tumores. Mesmo as radiações produzindo efeitos gerais semelhantes nos seres vivos, cada uma delas possuem características próprias