Radiação
As células quando expostas à radiação sofrem ação de fenômenos físicos, químicos e biológicos, por isso os efeitos das radiações sobre os seres vivos são muitos e complexos. As pesquisas sobre estes efeitos visam, em geral, correlacionar fatores tais como dose recebida, energia, tipo de radiação, tipo de tecido, órgãos atingidos etc.
Diferentes tecidos reagem de diferentes formas às radiações. Alguns tecidos são mais sensíveis, enquanto outros possuem baixa sensibilidade às radiações. Além destas alterações funcionais os efeitos biológicos caracterizam-se também pelas variações morfológicas.
Entendem-se como variações morfológicas as alterações em certas funções essenciais ou a morte imediata da célula, isto é, dano na estrutura celular. É assim que as funções metabólicas podem ser modificadas ao ponto da célula perder sua capacidade de efetuar as sínteses necessárias à sua sobrevivência. As radiações, quando em quantidades elevadas, são perigosas aos seres vivos, sendo nocivas aos tecidos, destruindo-os. Por outro lado, quando convenientemente dosadas, são utilizadas para tratamento de diversas doenças.
No final do século XIX, com a utilização das radiações ionizantes em benefício do homem, logo seus efeitos na saúde humana tornaram-se evidentes. Ao longo da história, estes efeitos foram identificados e descritos, principalmente, a partir de situações nas quais o homem encontrava-se exposto de forma aguda (acidentes e uso médico). Os efeitos que porventura pudessem decorrer de exposições às radiações em condições naturais foram pouco estudados e pouco entendidos.
Recentemente um esforço no sentido de melhor se entender o papel destas radiações junto à vida tem sido desenvolvido e a expectativa é que possam ser emitidos novos conceitos a respeito dos efeitos biológicos das radiações ionizantes.
Na espécie humana, a detecção de tais alterações é bastante difícil. Mesmo entre os sobreviventes de Hiroshima e Nagasaki, a maior população irradiada