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Segundo o historiador Luís Felipe, citado pelo autor, havia muitos funcionários exercendo funções relacionadas à Coroa, a verba paga a eles era retirada do tesouro real do Rio de Janeiro. A corte, de acordo com o autor, era esbanjadora, possuía uma grande demanda e devido o seu elevado consumo, provocou a escassez de galinha no mercado. Segundo os moradores da cidade, os funcionários da realeza passaram a vendê-las cobrando um preço muito elevado. D. João viveu no Brasil treze anos e durante esse período o déficit crescia sem parar, em 1821 o buraco no orçamento foi enorme, mesmo assim a corte continuava a bancar “todo mundo”.
A primeira solução para garantir dinheiro foi o empréstimo da Inglaterra, outra medida também insustentável foi à criação de um banco estatal para pôr dinheiro em circulação esse, portanto, foi o primeiro Banco do Brasil. Estabeleceu-se assim, uma
relação entre a monarquia e a linhagem de negociantes como escreve o autor “a Coroa estabeleceu uma política de toma lá dá cá” (Cf. GOMES, 2007, p. 191). Os acionistas do banco eram contemplados pela coroa com títulos de nobreza, cargos de deputados do Real junto ao comércio entre outros privilégios, por outro lado, o príncipe regente emitia papel-moeda a sua disposição, mas em 1820 o banco já estava em ruína.
Para piorar a situação D. João VI ao retornar para Portugal levou as barras de ouro e os diamantes dos cofres do banco. Essa instituição encerrou em 1829 e só foi recriado em 1853 no governo do imperador Pedro II.
Através de dois personagens – Joaquim Azevedo e Targine – que enriqueceram com a corrupção, o autor relata que ambos causaram a celebração da roubalheira entre os cariocas