Quem é o povo no brasil?
O povo, ainda neste primeiro parágrafo é um todo, um universo, sem nenhuma classificação social, consumidor ou não, trabalhador ou não. Todavia, num segundo momento o povo é somente aquele que produz conseqüentemente aquele que consome. Todos fazem parte do povo, mas não mais do povo que interessa politicamente.
Frisa bem o autor que, “neste momento em que vivemos”, todavia não sei a que momento ele quis se referir, haja vista as três datas que constam do exemplar em mãos, 1911, 1999 e 1962, sendo esta última antecedida pelo nome da editora “Civilização Brasileira”, razão pela qual não há como comentar esse momento a que o autor quis se referir, porque como ele mesmo diz mais adiante, cada tempo e espaço possui um povo diferente. Entretanto, algumas expressões como “dominados”, “dominadores” é um forte indicativo da década de 1960, embora existam muitos sociólogos que ainda não mudaram seus discursos.
Assim, o autor alerta para o fato de que não pode haver um conceito genérico de povo, ou melhor, não pode haver um critério pré-estabelecido para a definição de povo, sobretudo o econômico, vez que, o povo não é feito apenas de trabalhadores, sejam braçais ou intelectuais. Um conceito para povo deve levar em consideração todas as condições concretas, tanto de tempo, como de lugar, isto é, o contexto histórico real em que está inserido um determinado povo.
Nenhum povo é igual ao outro, porque cada lugar, cada época tem as suas peculiaridades, cada país é um país, cada nação é uma nação, ou seja, povo é uma composição de grupos que acompanha a evolução da sociedade e que muda e se amolda de acordo com as necessidades requeridas naquele determinado tempo e espaço.
Segundo o autor a divisão social do trabalho, fruto do