QUANDO A MORTE CHEGA PERTO: O círculo narcísico entre pais e filhos
FACULDADE REGIONAL DE UBÁ
CAMPUS II
CURSO DE PSICOLOGIA
LUÍZA AFONSO ESPÓSITO
LUCIANE FONTES
Cristiane Berriel Veroneze
Quando a Morte chega perto: O círculo narcísico entre pais e filhos
UBÁ – MG
2012
Quando a Morte chega perto: O círculo narcísico entre pais e filhos
Luíza Afonso Espósito1
Luciane Fontes2
Cristiane Berriel Veroneze3
Resumo
Tendo em vista que a Unidade de Tratamento Intensivo é um dos ambientes mais temidos dentro de um hospital, a proposta deste trabalho é demonstrar como os pais de jovens internados na UTI com o diagnóstico de morte cerebral reagem diante uma notícia tão comovente como esta. A ferida narcísica aberta e os mecanismos de defesa usados com mais freqüência por eles são de grande relevância e serão discutidos como pontos principais. A relação da família com o doente e com a equipe também deve ser levada em consideração. Diante desta situação, pretende-se discutir a importância do psicólogo hospitalar na equipe de saúde e como suas ações podem ser de grande valia dentro de um hospital geral.
Palavras-Chave: Unidade de tratamento Intensivo. Morte cerebral. Negação. Narcisismo. Luto. Psicologia hospitalar.
1 Introdução
O presente artigo tem como objetivo buscar parâmetros de compreensão da realidade de pessoas que tem um familiar jovem com diagnóstico de morte cerebral e que, em decorrência disto, estão em fase terminal. Ou seja, mesmo sendo jovens já estão no final da vida.
A morte de um filho deixa aberta uma ferida narcísica que sempre existiu. Os pais sofrem a perda do filho narcisicamente e esta perda se dá tanto a nível ideal quanto no real da perda do objeto de amor, já que os mesmos projetam nele os sonhos que não puderam realizar no passado e quando o filho morre todas as expectativas existentes em relação a ele não se cumprem.
Quando se tem um filho com diagnóstico de morte cerebral o emocional dos pais tende a