PÊCHEUX E A ANÁLISE DE DISCURSO: LÍNGUA, SUJEITO E HISTÓRIA EM UMA TEORIA TRANSDISCIPLINAR

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DANILO VIZIBELI

PÊCHEUX E A ANÁLISE DE DISCURSO: LÍNGUA, SUJEITO E HISTÓRIA EM UMA TEORIA TRANSDISCIPLINAR

Resenha apresentada à disciplina “Enunciação, enunciado e produção do sentido” como requisito de avaliação para o módulo Pêcheux.

Profa. Resp.: Profa. Dra. Maria Regina Momesso

FRANCA
2011
PÊCHEUX E A ANÁLISE DE DISCURSO: LÍNGUA, SUJEITO E HISTÓRIA EM UMA TEORIA TRANSDISCIPLINAR

Vivemos em um tempo denominado pelo estudioso Bauman (2007) de “modernidade líquida”. Neste cenário entrelaçam-se várias linguagens: verbal, não-verbal, gestual, audiovisual e assim por diante. Hoje, perceber o emaranhado criado pela linguagem – capacidade inata do homem de comunicação talvez seja fácil, mas talvez ainda passe muito despercebido quão “heteróclita e multiforme” ela é. Está a “cavaleiro de vários domínios” (SASSURE, 2006, p.17). Ao estudarmos a língua e a linguagem com Saussure e Benveniste, vimos o faiscar do nascimento da linguística1. Depois de delimitado o campo e objeto da Linguística, que é a língua (langue), vista como sistema e separada da parole (fala), os estudos ganharam proporções mais extensas e o fogo realmente se fez.
Neste cruzamento de um lado a língua e de outro a fala, foi traçado uma terceira instância: a do discurso e a língua, mais precisamente a linguagem passa a ser vista na sua exterioridade. Aparecem então as transformações dos estudos linguísticos, mais evidentemente a partir do ano de 1960, na França, berço de várias revoluções. Para estas considerações faço referência a dois textos de Maria do Rosário Valencise Gregolin: “Michel Pêcheux e a História Epistemológica da Linguística” e “Análise do Discurso: lugar de enfrentamentos teóricos”.
Ao prever a linguagem como “multiforme e heteróclita” e que está “a cavaleiro de vários domínios”, Saussure abria para seus posteriores, campo vasto de pesquisa. Só que o genebrino preferiu estudar a língua, o sistema, em detrimento da

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