Pé diabético
Pé Diabético
Fisiopatologia e Farmacoterapia
Joana Catarina Sampaio Ferreira
Ano lectivo 2013/2014
Definição
A incidência e prevalência da Diabetes Mellitus tem vindo a aumentar nas últimas décadas e prevê-se que a tendência se mantenha. Esta doença tem um impacto importante na saúde dos portugueses, originando perda da qualidade de vida, morbilidade e mortalidade relevantes. Também implica custos elevados, com consequências socioeconómicas não só para os pacientes e suas famílias mas, para toda a sociedade. Estes efeitos da doença devem-se principalmente às suas complicações.
A OMS (Organização Mundial da Saúde) define o "pé diabético" da seguinte forma: "situação de infecção, ulceração ou também destruição dos tecidos profundos dos pés, associada a anormalidades neurológicas e vários graus de doença vascular periférica, nos membros inferiores de pacientes com diabetes mellitus".
O termo “pé diabético” abrange um conjunto de patologias incluindo a neuropatia diabética, a doença vascular periférica, a neuroartropatia de Charcot, a infecção, a ulceração e a potencialmente prevenível consequência final que consiste na amputação. O pé diabético consiste numa das complicações mais graves e dispendiosas da Diabetes Mellitus, tratando-se do principal motivo de hospitalização destes doentes, sendo responsável por cerca de 70% das amputações do membro inferior por causas não traumáticas. Com o excesso de glicose no sangue, os vasos sanguíneos tornam-se mais rígidos, podendo causar enfartes e isquemias. O diabético torna-se mais suscetível a infecções como consequência dos cortes e feridas nos pés, pois, ao perder a sensibilidade local, não há mais dor. Alguns aspectos importantes devem ser destacados quanto à predisposição ao pé diabético, sendo eles a hiperglicemia persistente, o tabagismo, idade superior a 40 anos, diminuição dos pulsos arteriais, deformidades anatómicas (calos e artropatia),