páginas da revolução
Pereira acredita que escreve o que quer, porém, suas matérias estão restritas ao limite que a política editorial do jornal onde trabalha impõe. Desse modo, a fim de não contrariar a ideologia do jornal e o regime político vigente no seu país, Pereira é moldado a escrever o que o jornal o paga para escrever, mesmo acreditando ser livre em relação ao que escreve - a “liberdade” na sua escrita se restringe àquilo que está dentro dos limites de aprovação do jornal, o que significa uma falsa liberdade do jornalista em seu exercício de profissão.
2) É possível acreditar em Deus e não acreditar na ressurreição da carne?
Sim. A pressuposição da existência de um Deus é padrãio em diversas religiões ou doutrinas, mas não significa que exista um padrão fechado quanto às crenças que rodeiam a ideia de um Deus. O Deísmo é um exemplo de posição filosófica e religiosa que crê em Deus e não possui um conjunto fixo de doutrinas ou cultos padronizados – o que possibilita acreditar em Deus e não acreditar na ressurreição da carne, mas, sim, na impossibilidade de tal fato, por exemplo.
3) É problema moral ou ético contratar a amante para a redação do jornal?
Moral. O problema existe na prática; é uma situação real e efetiva. Logo, trata-se de um ato imoral. A ética tem a moral como objeto, é um campo teórico que estuda problemas práticos (morais). Assim, contratar a amante para a redação do jornal, por ser um evento prático, e não teórico, é um problema moral.
4) Qual ética o personagem do médico segue?
Dr. Cardoso, que aplica os métodos da psicanálise de Freud com Pereira, afirma que o “eu dominante” do protagonista é conservador – fato que o estimula a mudar de postura em relação às suas publicações. Além de incentivar a mudança de Pereira, o médico ajuda na publicação do primeiro artigo contrarrevolucionário do jornalista ao se passar por uma pessoa de autoridade, que teria aprovado a publicação do texto. Toda