Psicólogo
ESPAÇOS URBANOS E EXCLUSÃO SOCIAL
MICROFÍSICA DO PODER
CAP. XIV: “O olho do Poder”
Michael Foucault
NITERÓI
2014
O espaço na sociedade disciplinar
“Vigiar todas as dependências onde se quer manter o domínio e o controle. Mesmo quando não há realmente quem, assista do outro lado, o controle é exercido. O importante é (...) que as pessoas se encontrem presas numa situação e poder de que elas mesmas são as portadoras (...) o essencial é que elas se saibam vigiadas.”
Focault, (1997), pág: 170
Foucault pensa a necessidade de estudar o “espaço”. A filosofia se debruçou sobre o tempo, e o espaço foi delegado aos geógrafos e físicos. Porém, o espaço pensando geograficamente ou fisicamente, não ganha a dimensão que realmente lhe é atribuída.
Após a Revolução Industrial, Foucault marca que a fixação espacial é política. O espaço não era visto apensas como uma variável técnica, mas agora era marcado como produtor de sujeitos e discursos.
Traçando um estudo histórico da Sociedade desde a era Medieval até a Revolução Industrial, Foucault constrói seus estudos sobre a Sociedade Disciplinar. Os espaços construídos produzem efeito sobre as pessoas, por isso são políticos. Produzem sujeitos e subjetividade. A partir desse pensamento, Foucault, passa a estudar as Instituições.
No momento em que há um movimento de abertura das cidades medievais, as armas que antes eram direcionas para fora, indicando que o perigo era externo, passa a se direcionar para dentro, uma vez que, havia o “estranho”, o estrangeiro que entrava nas cidades em função do comércio ou com outros fins.
Após a Revolução Francesa não se admitia mais espaços privados. Tudo havia de ser público, discutido abertamente com o povo. Os espaços não podiam ser privilegiados. Paris, após a Revolução Industrial, vira um espaço de outra ordem, a cidade se modifica, no sentido da visibilidade. Inspirados nas escolas militares, que tinham um