Psicoterapia segundo a perpectiva analítica (junguiana)

Para Jung, a diversidade de teorias psicológicas representa a diversidade da psique humana. As teorias seriam o resultado da interação do fenômeno observado com o observador e a compreensão do fenômeno (exposta na teoria) vai passar pela história do observador (suas experiências e referências construídas ao longo de sua vida). Assim, as teorias psicológicas devem ser avaliadas dentro de seu próprio contexto, devendo ser respeitadas e validadas – por mais opostas que possam parecer. Ocorre também que dentro de uma abordagem existam formas diferenciadas de prática psicoterápica. Como exemplos, dentro da psicologia junguiana, destacam-se as abordagens clássica (ênfase na amplificação e perspectiva simbólica), arquetípica (ênfase no material arquetípico selecionado pela psique) e desenvolvimentista (ênfase na transferência/contratransferência). (Fonte: Manual de Cambridge para Estudos Junguianos)
Jung não se cansava de dizer que cada caso é uma nova teoria, mas como a psicologia é uma ciência e precisa possuir “afirmações de validade universal”: existem partes nesse “sistema psíquico” que podem ser comparadas, que mostram as semelhanças entre os seres humanos. Paradoxo da teoria junguiana: somos individuais e coletivos ao mesmo tempo, somos únicos e semelhantes uns aos outros.

"Sou eu próprio uma questão colocada ao mundo e devo fornecer minha resposta; caso contrário, estarei reduzido à resposta que o mundo me der".

Jung trilhou a individuação, pois havia uma necessidade imperiosa dele em ir ao inferno e voltar para poder mostrar o caminho da volta àqueles que ficaram perdidos pelo caminho da vida.

PSICOTERAPIA X ANÁLISE

Jung não fazia distinção entre os termos psicoterapia e análise, que para ele tinham como objetivo o desenvolvimento e o amadurecimento do indivíduo (processo de individuação).
Para os pós-junguianos, na psicoterapia o objetivo é a elucidação de um dado quadro neurótico enquanto na análise o objetivo é o processo de individuação. Desta