PSICOPATAS POR PIZZA
- Olá, gostara de pedir uma pizza.
- Claro. Qual o sabor senhora?
- Hum! Quero uma pizza – metade calabresa, metade frango-com-catupiri. Dá pra colocar uma fatia de banana também, por favor?
- Tudo bem, qual o endereço?
- Rua Maristela, casa 21, zona leste. Moço! Vocês ainda estão com aquela promoção: compre a pizza e ganhe um refrigerante de 2 litros?
- Estamos, sim senhora!
- Ótimo, vou querer uma coca-cola.
- Não temos, coca.
- Então pode ser, guaraná?
- Também não temos guaraná. Somente sprite e fanta uva.
- Nossa, que falta de opção: vai a sprite então.
- Dentro de trinta minutos chegará em sua casa. Tenha uma boa noite. Se não demorar muito a pizza só chega quarenta minutos depois, e olhe lá. Quando chega, existe sempre uma enorme possibilidade de algo vir errado: um sabor diferente – ou o refrigerante faltar. Uma vez, presenciei uma amiga pedindo uma pizza de banana e não sei como eles conseguiram confundir com portuguesa, na hora da entrega. Vai ver o chefe da cozinha de lá percebeu que a banana estava estragada e mandou algo parecido. Isto é óbvio, tal como o sarcasmo que há em meu cérebro.
Talvez a maior culpa desses erros de pedidos em pizzarias, pastelarias e fest-foods a la carte não esteja na atendente do balcão, mas sim, da mísera correria de pedidos que ocorrem diariamente. Hoje, tem sido uma raridade enorme, viver o drama de pedir uma comida na cidade grande e o motobói trazer o pedido como realmente desejávamos, e no tempo certo. Deve ser tanto pedido ao mesmo tempo que os atendentes se confundem. Também pudera, coitados. Parece que as pessoas nunca sabem cozinhar, ou simplesmente criam o “feriado da cozinha”, aos domingos. Muitas vezes a anotação chega certa no envelope do pedido, porém quando abrimos, surge em nosso olhar aquele espasmo total. Como os