Psicologo
Psicológico
Ao analisarmos o futebol teremos que abrir nosso horizonte para compreender as faces do comportamento humano diante das situações vividas no contexto. Portanto, no processo de treinamento, a preparação psicológica deve acontecer naturalmente tal e qual o trabalho da preparação física, técnica e tática. Evidentemente, dando-se mais ênfase a um desses fatores dependendo do momento do treinamento ou da competição.
De forma sintética, podemos afirmar que o esporte é o resultado evolutivo do jogo cuja essência é o lúdico. Esta evolução, por ser histórica, está condicionada ao modo de produção capitalista vigente. A descaracterização do princípio “espontâneo” do jogo pela crescente objetividade e sistematização das técnicas e regras, está intimamente ligada ao processo de “coisificação” do homem e de suas relações (Gould, 1992). Tal sistematização dos jogos significou o surgimento do esporte e o início do processo de degradação do lúdico.
Acredito que o atleta de futebol torna-se um profissional, entre outros aspectos, devido seu interesse e satisfação por aquilo que faz, ou seja, pela prática do jogo. Porém, quando se encontra nesta condição, para que haja o melhor desempenho possível, o atleta é submetido a um planejamento de treinamento sistematizado.
Assim, o interesse neste tema surge a partir da crença que para se realizar uma atividade física, e obter os benefícios que esta proporciona, é necessário que sua execução seja de forma prazerosa. O que nem sempre ocorre, principalmente, em situações de treinamento, e agravando-se mais quando há apenas o desenvolvimento do aspecto físico. Além do mais, há fortes indícios, conforme estudos epidemiológicos no esporte, que o rendimento máximo esportivo é incompatível com a qualidade de vida. Nesse caso, o fundamental é achar um ponto de equilíbrio ao tratarmos com atletas atuantes no espetáculo esportivo.
Portanto, é necessário ir além: criar situações favoráveis