Psicologo
FARR, Robert. As raízes da Psicologia Social Moderna (1872 – 1954). págs. 79-112. Petrópolis: Ed. Vozes, 2004.
Capítulo 4: George Herbert Mead: Filósofo e Psicólogo Social Após uma breve biografia do trabalho de Mead, Farr apresenta seus primeiros trabalhos acadêmicos, como seu estudo de doutorado sobre a relação entre o tato e o desenvolvimento do Sistema Nervoso, pois para ele, é o que, junto com a mente, diferencia os seres humanos das demais espécies. Nesse estudo sobre a importância da mão na evolução, fala sobre a fase manipulatória do ato, onde o contato com os objetos leva a percepção do mundo, e posteriormente, a relação com o outro, pois o objeto físico surge dentro do contexto social. Mead desenvolve seu sistema filosófico com base no idealismo alemão demonstrando a natureza dialética da relação individual x sociedade o que explica sua pouca influência no desenvolvimento da psicologia, pois este se deu inteiramente dentro do paradigma cartesiano. Assim como Wundt, para ele o estudo da inteligência humana é uma forma de psicologia social. A diferença entre o pensamento de Wundt e o dele está no fato de Mead considerar a mente como produto da linguagem, mostrando como ela emerge da conversação e interação humana e vê o pensar como uma atividade social, pois o pensamento é uma forma de diálogo. Para ele a individualização é o resultado da socialização: o self deve ser compreendido filogeneticamente e ontogenicamente. Contudo a herança de Descartes na psicologia apresenta-se como o self sendo acessível através da introspecção e o outro através do estudo do comportamento, sendo assim o behaviorismo outra forma de representação do dualismo cartesiano.Mead estava comprometido com a superação dos dualismos cartesianos: mente e corpo, self e outro. E através de seus estudos sobre as transações comerciais, nos textos de Adam Smith, ele chega ao conceito de "colocar-se no