Psicologia Moderna
No capítulo 6 discutimos as influências anteriores ao funcionalismo e neste, faremos uma análise do seu desenvolvimento e fundação.
Nos Estados Unidos, durante a virada do século, a psicologia assumira um caráter próprio distinto da psicologia de Wundt e do estruturalismo de Titchener. Já observamos que o movimento funcionalista se desenvolveu a partir das obras de Darwin e Galton enfocando os processos conscientes, assim como a utilidade e os propósitos dos processos mentais. O funcionalismo levou os psicólogos a se interessarem pela aplicação da psicologia a problemas do mundo real. A psicologia aplicada passou a ser vista pelos funcionalistas como sendo seu mais importante legado. O progresso da psicologia funcional nos Estados Unidos se deu devido ao temperamento americano, suas características sociais, econômicas e políticas.
Herbert Spencer, um filósofo inglês, foi recebido nos EUA como herói nacional e suas idéias influenciaram uma geração inteira de americanos. Sua filosofia era o darwinismo que ultrapassava a própria obra de Darwin, aceita mais depressa e de modo mais pleno neste país que em sua própria terra natal.
As idéias de Spencer o levaram a escrever sobre as implicações da evolução para o conhecimento e a experiência do homem. Acreditava na sobrevivência dos mais capazes, o que veio a ser denominado darwinismo social. Para ele, a perfeição humana era inevitável desde que nada interferisse na ordem natural das coisas. Defendia o individualismo e um sistema econômico de laissez-faire, opondo-se a toda tentativa do governo de regular a vida dos cidadãos, devendo deixar que as pessoas e organizações se desenvolvessem por si mesmas e à sociedade a seu próprio modo.
Suas frases “sobrevivência dos mais capazes” e “luta pela existência” se tornaram parte da consciência nacional. Visava a livre iniciativa, a auto-suficiência e a independência quanto à regulamentação governamental. Seu