Psicologia Jurídica
Unidade I: Psicologia e Direito.
Introdução:
Nos últimos tempos, observou-se um expressivo diálogo entre a Psicologia e o Direito. Esta aproximação entre os planetas PSI e JUS, deve-se às dificuldades do sistema judiciário ao deparar-se em sua porta com demandas relativas ao sofrimento psíquico: “A Secretaria de Justiça de Minas Gerais em pronunciamento à mídia estadual declarou que somos muitos preocupados com a doença aparente, mas a maior doença do sistema penitenciário mineiro, hoje, é a doença da cabeça”. (Contando “causo”...psicanálise e direito: a clinica em extensão/Fernanda Otoni de Barros – 2001)
Diariamente os meios de comunicação nos inundam de ocorrências que demandam procedimentos jurídicos como aqueles relativos à: criminalidade, crianças e jovens em situação de risco, dissoluções e reconstruções de vínculos familiares.
Neste sentido, a Psicologia torna-se parceira junto ao Direito, considerando a necessidade de redimensionar a compreensão do agir humano, à luz dos aspectos legais e afetivo-comportamentais.
No entanto, precisamos admitir que o ingresso da psicologia no mundo jurídico precisa encontrar seu melhor caminho para auxiliar o direito na promoção da justiça. Veremos que a psicologia contribuirá de acordo com as práticas que envolvem as instituições jurídicas: Varas de Justiça, Conselhos Tutelares, prisões, abrigos, unidades de internação, etc.
Assim, considerando a crescente dor dos homens diante da descrença perante as instituições, vislumbra-se a Psicologia Jurídica com a capacidade de contribuir para a execução de políticas de cidadania e de direitos humanos.
1.1 Histórico da Psicologia Jurídica
A Psicologia Jurídica é uma área ainda nova e pouco explorada da psicologia que faz interface com o direito e necessita demarcar seu espaço de atuação. Como não possui técnicas e conhecimentos próprios, vale-se de outros conhecimentos já construídos da psicologia para aliar seu trabalho ao de