Psicologia Jurídica
Thaís Gomes de Luna²
Larissa Ribeiro de Souza; Talyta Emanueli Begnini³
Maria Cristina Neiva de Carvalho4
RESUMO: Entende-se que a adolescência é uma fase conflituosa devido às transformações biológicas e psicológicas vividas. Surgem as curiosidades, os questionamentos, e um sentimento de ser incapaz de tomar as suas próprias decisões. Esta fase vulnerável provoca instabilidade emocional, estando o jovem suscetível à experimentação de drogas. Ao não se estabelecer regras e limites desde a infância, a criança acaba por não desenvolver o respeito por si mesmo, não conhecendo assim os limites do próprio corpo, do mundo, das regras e dos interditos da sociedade. A educação dos limites inclui a assimilação do princípio da realidade, ou seja, a ideia de que os desejos são legítimos, mas nem sempre realizáveis. Por meio das permanências no Juizado Especial Criminal de Curitiba pelas estagiarias de Psicologia Jurídica, usando como fonte de dados as Oficinas de Prevenção ao Uso de Drogas e os Atendimentos individualizados tendo como foco entrevistas motivacionais, foi possível observar que havia uma falha nesta introjeção da lei por parte do indivíduo que chegava para atendimento com as estagiárias. O objetivo deste trabalho é demonstrar aspectos teóricos relativos ao indivíduo que se confronta com a Lei, através do uso de substâncias ilícitas, sendo este movido pela busca da Lei interna que interdita – Função Paterna. Os resultados desta correlação teórica apontam que o uso de droga remete a um significado subjetivo, onde este se conflita com a Lei Efetiva, norteando assim o seu caminho ao encontro com o último estágio, que seria a Lei “Imposta” – Penitenciária.
Palavras chaves: Drogadição. Lei. Função Paterna. Psicanálise.