Esther inicia o texto citando as questões: “O que é psicologia? Quem designa os psicólogos como instrumentos do instrumentalismo?” Canguilhem fala que, quando se trata da eficácia do psicólogo como discutível, ele não tem a intenção de dizer que é ilusória e sim mal fundamentada até que se tenham provas de que ela é mesmo eficaz devido à aplicação de uma ciência, ou seja, o estatuto da psicologia deve considerá-la como mais e melhor que uma concepção de conhecimento,e que serve apenas para fins de ensino. O ponto de vista defendido por Daniel Lagache,para responder “O que é a psicologia?”, dizia que a psicologia seria definida como uma síntese das psicologias experimental, clínica, social, da psicanálise e da etnologia,sendo uma teoria geral da conduta. Segundo o autor, essa unidade se parece mais a uma existência pacífica entre profissionais do que com uma essência lógica que era revelada por uma constância, ou seja, uma força de pensamento determinada, inabalável, mesmo por graves eventos. Parece que Canguilhem critica essa visão quando pergunta: Como se pode falar de uma teoria geral da conduta enquanto a questão de saber se há continuidade ou ruptura entre a linguagem humana e a animal, a sociedade humana e a animal não forem resolvidos? A ciência poderá fazer isto, inclusive a psicologia, porém, para a psicologia se definir não poderá prejulgar o que ela é chamada a julgar. Por fim espera-se que a ciências humanas desenvolva um rigor próprio,para o seu campo de investigação. A prática dos laudos,pareces e relatórios técnicos,tem como definição o exercício profissional dos psicólogos no âmbito judiciário,uma atividade de subsídio aos magistrados,no entanto,cria um mal-estar - que até bem pouco tempo atrás evidenciava-se por uma insatisfação do psicólogo com o seu próprio fazer, restrito às atividades avaliativas (no que isto implica na construção de