psicologia juridica

9650 palavras 39 páginas
Resumo: Atualmente a psicologia jurídica é uma crescente área no campo das ciências psicológicas, quando comparadas às demais áreas de formação e atuação do psicólogo, tais como a escolar, clínica e organizacional. Possui como característica um diálogo com o campo do direito, ou seja, com o mundo jurídico, permitindo encontros e desencontros que norteiam a atuação do psicólogo neste campo. Dessa forma, o objetivo deste trabalho científico é compreender como é a forma de atuação do psicólogo jurídico frente aos crimes cometidos por indivíduos psicopatas. Por meio de buscas teóricas de diversos autores relacionados ao tema pesquisado, pretende-se identificar as características da personalidade psicopática, bem como analisar se existe uma possível influência genética no caso de indivíduos que apresentam este tipo de comportamento. Destaca-se ainda, compreender as medidas punitivas adotadas pelo sistema judiciário nos casos da psicopatia.
Palavras-chave: Psicologia jurídica. Psicopatia. Psicólogo jurídico. Medidas punitivas.
1. Introdução
No século XIX a expressão “psicopatia” (do grego: psyché = alma; pathos = paixão, sofrimento) era utilizada em seu sentido amplo na literatura médica para nomear doentes mentais de modo geral, não havendo ainda uma ligação entre psicopatia e personalidade antissocial (HENRIQUES, 2009).
Observa-se ainda que tal termo perpassou por uma grande evolução no que tange ao seu conceito, sendo ela a personalidade psicopática. Salientam-se as mais famosas e enriquecedoras denominações como a “Loucura sem delírio” ou “Loucura racional” de Pinel e a “loucura moral” de Prichard (BALLONE, 2005).
Na história da nossa sociedade, sempre ouvimos falar de homens ferozes, com boa eloquência, poder de liderança e com capacidade de infringir regras vigentes com o objetivo apenas de alcançar glória e poder. Estes sujeitos não calculam seus atos e o reflexo de suas ações sobre outros, sendo capazes de maldades absurdas simplesmente com intuito de

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