Psicologia das condutas de adormecimento e do sono
Falar sobre os distúrbios do sono da criança é uma grande variedade em todas as idades, mas é necessário se atentar as precoces perturbações. Como toda conduta desviante, o sono tem sua importância: depende da própria natureza deste distúrbio, de sua intensidade, dos sinais associados, da idade da criança, de sua evolução. Devido a isto, durante estes últimos anos, os distúrbios graves do sono ganhou maior atenção, já que “sua presença é frequentemente o indicio de uma profunda perturbação nos primeiros rudimentos da organização da personalidade.”
O SONO: ASPECTO ELETROFISIOLOGICO.
O que antes era conhecido através de uma vaga estimativa quantitativa, hoje foi transformado e melhorado pela eletrofisiologia. Com o registro prolongado do eletroencefalograma (EEG) noturno, pode-se notar com evidencia a similaridade morfológica dos diversos estágios do sono assimilados no adulto e na criança, mas também a diferença quantitativa destes estágios.
Surgindo então um conceito fundamental, onde as características do sono evoluem muito rapidamente desde os primeiros meses de vida. O sono divide-se em duas grandes fases:
A fase de sono paradoxal (SP): paradoxal porque o EEG, esta próximo de um EEG de vigília, enquanto que o limiar de estimulação para despertar encontra-se particularmente elevado. Esta fase é ainda denominada de fase de movimentos oculares rápidos (M.O.R. – Rapid Eye Movement R.E.M.) ou ainda fase do sono rápido. Constata-se então:
- uma atividade elétrica rápida, pouco diferente daquela que existe no estado de vigília; - a existência de movimentos oculares rápidos;
- um relaxamento do tônus muscular no adulto ou na criança a partir de 2 anos, enquanto no recém-nascido há pequenos movimentos das extremidades ou da face, as vezes do eixo corporal, mais uma inibição da atividade tônica mentoniana.
A fase do sono calmo ou lento: desprovida de atividade motora,