Na década de 70, o Brasil recebeu forte influencia da concepção organicista de dificuldade de aprendizagem de Bossa (2000), denominando-se de disfunção cerebral mínima. Desde então começaram a surgir cursos de especialização em Psicopedagogia, ainda assim encontravam dificuldades de aprendizagem. Já na década de 80 surgiu outra concepção, a dificuldade de aprendizagem gerada no cotidiano da escola, que estava muito mais relacionada a uma “dificuldade de ensinagem” por parte da ideologia das escolas, e dos educadores. Década de 90, fortalece-se cada vez mais a discussão sobre o fracasso escolar e sobre atuação do psicopedagogo. A psicopedagogia subdivide-se em duas grandes áreas: clinica (consultório) e institucional (escolas, hospitais, empresas, ONG’s). Na clínica, o psicopedagogo utiliza jogos, brinquedos, desenhos e outros recursos que viabilizem a redução da dificuldade de aprendizagem, e que permitam a criança e ao adolescente compreenda e aprenda a respeitar limites, autocontrole e desenvolvam sua capacidade de atenção, memoria e concentração. Para Piaget (1978) a aprendizagem é representada pelo movimento de assimilação (interpretação) e acomodação (estrutural mental capaz de se modificar). Tais como jogos de exercícios, jogos simbólicos e jogos de regras. Os jogos de exercícios são os primeiros a surgirem nas crianças, pois são motivos pelo prazer de manipular as peças. Os jogos simbólicos começam a surgir por volta dos dois anos, à criança é capaz de agir diretamente sobre os objetos, e transforma o real de acordo com as necessidades e desejos no momento. Os jogos de regras aparecem por volta dos quatro aos sete anos e dos sete aos onze anos, para Piaget, à criança não se impõe regras, mas isso acontece devido às relações sociais e individuais. Piaget afirma que essa construção das estruturas mentais resulta de um lento processo entre sujeito e meio. A construção da estrutura resulta do processo de equilibração, onde o sujeito frente a novos