psico
Foi Tissié (1894), um médico que no século XIX “tratou’’, pela primeira vez, de um caso de ‘’ instabilidade mental com impulsividade mórbida’’ por meio da ginástica médica. A ginástica chamada medica da época consistia na execução de movimentos elementares coordenado, de flexões de membros, de equilíbrios, de percursos a pé, de boxe e de percursos de bicicleta, com duchas frias administradas em intervalos regulares. Para Tissié, a ginástica médica e o controle respiratório desenvolvem o autodomínio, solicitando os centros cerebrais onde se encontram os pensamentos, os movimentos e o lugar onde nasce a vontade.
Tissié é certamente o primeiro autor ocidental a abordar as ligações entre o movimento e o pensamento. Ele constrói um novo espaço de conceitos que oscilam entre a fisiologia e a psicologia, além de preconizar historicamente a medicação pelo movimento.
Primeiro com Tissié (1894) e com Dupré (1925), depois com Janet (1928) e com Wallon (1925, 1932, 1934), a psicomotricidade ganhou definitivamente o reconhecimento institucional. Psiquiatras que criaram em 1961, pela primeira vez na Europa, no Hospital Henri Rousselle, o primeiro Centro de Formação Superior em Psicomotricidade, com diploma de reeducador da psicomotricidade, aberto a cinesioterapeutas, educadores, professores de ginástica etc.
Com base na concepção neuropsiquiátrica integradora original que emerge a sua definição de reeducação psicomotora: ‘’Técnica que, pelo recurso ao corpo e ao movimento, se dirige ao ser humano na sua totalidade. Ela não visa à readaptação funcional ou à supervalorização do músculo, mas sim a fluidez do corpo no envolvimento. O seu fim é permitir melhor integração e melhor investimento da corporalidade, maior capacidade de se situar no espaço, no tempo e no mundo dos objetos e facilitar e promover melhor harmonização relação com o outro’’ (Ajuriaguerra e Soubiran, 1959)
Definida dessa maneira, a psicomotricidade é uma forma de terapia que