Psicanálise
Klein revolucionou a técnica de trabalho com crianças e ampliou o alcance da psicanálise para a compreensão dos estados primitivos da constituição do ser humano. Melanie Klein conceituou e desenvolveu a importância da relação de objeto na formação do ego (como exemplo, a formação dos aspectos afetivos, instintos de vida e de morte e na pulsão de morte). Introduziu o conceito de identificação projetiva como base para as relações objetais; e outros conceitos como a introjeção e a idealização.
Seu trabalho possibilitou abertura do campo psicanalítico junto a outros públicos, antes vistos como inacessíveis a analise, como os pacientes boderline, autistas e psicóticos. Tais formulações também possibilitaram um novo estilo de trabalho com pacientes neuróticos adultos.
Klein proporcionou aos conceitos de desenvolvimento em fases (oral, anal e genital) de Freud mais dinâmica. Para Klein o psiquismo possui esse funcionamento dinâmico que está entre as posições esquizoparanóide e depressiva, através dessas posições é possível fazer a análise de problemas emocionais como as neuroses, esquizofrenias e depressões.
A teoria de Klein se diferenciou da de Freud nos seguintes aspectos:
1) Klein não aceita o conceito de fases, ou seja, não aceita a predominância de uma determinada pulsão numa determinada faixa etária. Ao invés disso, a credita que todas as pulsões se manifestam ao mesmo tempo. Ela reelabora tal conceito dizendo que ao invés de encontrar fases, encontra-se “posições”.
2) Mantêm o conceito de pulsão. Mas, como fazia parte de um conjunto de psicanalistas de uma escola inglesa que se orientavam pela “Teoria das relações objetais”, Klein dava muita importância à representação do objeto externo pela introjeção (objeto interno). Dava uma importância mínima ao objeto externo em si. Segundo ela, o mais importante objeto a ser introjetado é o seio.
3) Enquanto Freud dá importância a pulsão como fonte de desejo, Klein dará importância às