Pré Revolução Russa
A Rússia, no final do século XIX e início do século XX, era uma monarquia absolutista comandada pelo czar Nicolau II. O país era um dos mais atrasados do mundo. A maioria das pessoas eram camponeses pobres e analfabetos. Esses camponeses trabalhavam nas terras da nobreza rural. Pagavam altos impostos para manter a base do sistema czarista de Nicolau II e viviam quase sempre esfarrapados e famintos, além de terem que suportar a baixa temperatura da região.
Nas cidades mais populosas, como São Petersburgo e Moscou, já havia um certo desenvolvimento industrial. No entanto, os trabalhadores urbanos viviam sem nenhum amparo da lei, cumprindo jornadas de trabalho que chagavam a 12 horas diárias, sem direito a férias nem aposentadoria. O governo czarista sempre estava do lado da burguesia, reprimindo cruelmente qualquer tipo de greve ou manifestação.
Enquanto a maior parte da população vivia em péssimas condições, os nobres moravam em luxuosos palácios, onde frequentemente aconteciam, junto com membros da burguesia, banquetes famosos pela fartura e pelo desperdício.
Governo de Nicolau II]
Nicolau II, o sucessor de Alexandre III, procurou facilitar a entrada de capitais estrangeiros para promover a industrialização do país, principalmente da França, da Alemanha, da Inglaterra e da Bélgica. Esse processo de industrialização ocorreu posteriormente à da maioria dos países da Europa Ocidental[5]. O desenvolvimento capitalista russo foi ativado por medidas como o início da exportação do petróleo, a implantação de estradas de ferro e da indústria siderúrgica.
Os investimentos industriais foram concentrados em centros urbanos populosos, como Moscovo, São Petersburgo, Odessa e Kiev. Nessas cidades, formou-se um operariado de aproximadamente 3 milhões de pessoas, que recebiam salários miseráveis e eram submetidas a jornadas de 12 a 16 horas diárias de trabalho, não recebiam alimentação e trabalhavam em locais imundos, sujeitos a doenças. Nessa