Os Sistemas Fotovoltaicos (FV) convertem a luz do sol em energia elétrica e podem contribuir de forma significativa para a geração da energia elétrica consumida nos grandes centros urbanos. Por tratar-se de uma forma de geração limpa e possibilitar que esta geração esteja junto ao ponto de consumo, eliminam-se uma série de problemas relativos aos sistemas tradicionais de geração e distribuição de energia elétrica. Existem dois tipos de sistemas FV, o isolado e o conectado a rede elétrica. O primeiro possui uma bateria para armazenar a energia gerada, de forma que, em caso de ausência de energia, as baterias possam suprir a demanda. Já o segundo, é conectado diretamente a rede da concessionária de energia, e esta, é responsável por distribuir a energia excedente gerada pelo sistema, ou suprir a falta ou ausência de energia do consumidor. Existem várias tecnologias disponíveis no mercado, porém serão abordadas neste artigo apenas as tecnologias baseadas em silício amorfo (a-Si) e silício policristalino (p-Si), que são as tecnologias utilizadas nos sistemas em estudo, instalados em Florianópolis. Os painéis de a-Si são incluídos na tecnologia de filmes finos, pois utilizam em sua produção pequena quantidade de material, aproximadamente 1µm de espessura, que são depositados sobre outro material, como vidro, aço ou plásticos, dando origem aos módulos fotovoltaicos que podem ser flexíveis, semitransparentes e leves. Seu rendimento é da ordem de 7%, porém, a possibilidade de aplicação adaptada ao projeto arquitetônico da edificação, facilita sua utilização. Essa tecnologia possui boa resposta sob iluminação artificial e sob radiação difusa. Outra característica importante desta tecnologia é a não redução na sua capacidade de geração de potência com o aumento da temperatura, fato que o torna um forte candidato para uso intensivo em locais com clima tropical (RÜTHER, 2004). Os painéis p-Si são uma das tecnologias mais tradicionais empregada em painéis FV.