Prote na C reativa
“Em 1930 a proteína-C reativa ganhou de seus descobridores, Tillett e Francis, este nome pelo fato de reagir contra a cápsula de uma bactéria, o Pneumococcus. Ela é uma das chamadas “proteínas de fase ativa”, produzidas no fígado em resposta a quase todos os estímulos inflamatórios, como infecções, câncer, traumas e “reumatismos”. Sua concentração no sangue começa a subir 2 horas após o início do estímulo, e, se o estímulo for mantido, chega a seu pico em 48hs. Com a resolução do insulto inflamatório sua concentração no sangue cai pela metade também rapidamente, em cerca de 18hs.”
Na aula que ocorreu no dia 22/05/15 estudamos sobre a Proteína C Reativa (PCR), que é uma glicoproteína produzida pelo fígado e é utilizada como biomarcador, normalmente ausente no sangue. A presença de inflamação aguda com destruição tecidual dentro do corpo estimula a sua produção. Portanto, uma PCR positiva indica a presença de um processo inflamatório. Quando a inflamação aguda não está mais presente, a PCR dissipa rapidamente do corpo. A PCR normalmente sobe dentro 6 horas do início da inflamação.
Seu papel como proteína de fase aguda ocorre do fato de estar presente em muitos pontos da via inflamatória. Ela eleva a fagocitose de partículas antigênicas e de microorganismos, ativando a via clássica do complemento. A PCR liga-se ao componente Clq do sistema complemento e ativa a C3-convertase, intensificando a fagocitose pela via dos macrófagos. Ela é produzida e liberada pelo hepatócito. Sua formação é estimulada pelas Interleucinas IL-1 e IL-6, liberadas por macrófagos após a fagocitose do antígeno.
Segue abaixo exemplos de situações em que o nível de PCR pode se elevar:
Pancreatite aguda
Apendicite
Infecção bacteriana
Queimaduras
Doença inflamatória intestinal
Lúpus
Linfoma
Infarto do miocárdio
Doença inflamatória pélvica
Polimialgia reumática
Artrite reumatoide
Sepse
Cirurgia (3 primeiros dias