pronomes pessoais

Leia o texto com ATENÇÃO e em seguida responda às questões de 1 a 4.
Rodrigo enxerga tudo
Sabe, eu tenho um novo amigo aqui na escola. Ele vê as coisas de um jeito um pouco diferente do jeito que a gente vê.
Na verdade, ele vê igual, mas diferente.
Confuso? Eu vou explicar. Antes, deixa eu me apresentar? Meu nome é André.
Gosto de jogar bola, E de empinar pipa. E também de video game. E de andar de skate. E de uma porção de outras coisas que se eu fosse dizer aqui ficaria até amanhã.
Ah, o meu amigo: ele se chama Rodrigo. E veio para esta escola faz bem pouco tempo.
Antes, ele estudava num lugar que chama de associação, uma espécie de escola, sei lá. A professora Solange disse que ele é deficiente visual. A turma da classe o chama de cego. Ele não liga. Só reclama mesmo quando falam que é ceguinho.
Não sei se já nasceu assim ou se foi depois que ficou, mas ele era bem pequeno, pois não se lembra de um dia ter enxergado. Quer dizer, enxergado como a gente, porque o Rodrigo tem outros jeitos de ver as coisas.
Um dia, ele disse para mim:
— André, eu vejo as coisas de um outro modo. Por exemplo: muitas coisas têm cheiro e eu descubro o que elas são. Muitas coisas têm gosto, que eu sinto com a minha língua. E coisas fazem barulho, como o som do vento, que assobia musiquinhas. Tem barulho de carro, o canto dos pássaros e tem a voz das pessoas, a mais gostosa de ouvir. Posso tocar nas coisas e descobrir suas formas. E sentir calor e frio, molhado e seco. Leve e pesado. André, é assim que eu vejo tudo, mas de um modo diferente.
O Rodrigo falou tanta coisa. E eu acabei entendendo.
Ele pode ler livros com as pontas dos dedos, e pode escrever as coisas com uns ferrinhos esquisitos.
— O que é isso, Rodrigo?
— É Braille.
— Braille, o que é isso?
— Braille é um jeito que um homem lá na França inventou para que as pessoas que não enxergam possam ler e escrever. É o seguinte: você escreve com lápis ou caneta. E eu com essa coisa chamada punção, e essa outra