PROJETO NEUROFISIOLOGIA DO VÍCIO
Amanda Cristina Mendes Jardim
Aluna do Curso de Graduação em Medicina do UniFOA – Centro Universitário de Volta Redonda
Orientador Prof. Sérgio Elias Vieira Cury
TEMA
Neurofisiologia do Vício :revisão de literatura
INTRODUÇÃO
A dependência química é uma doença crônica, um distúrbio constante da função cerebral, na qual o uso de drogas escapa ao controle, tornando-se compulsiva, apesar das sérias consequências que pode causar (PURVES et al., 2008).
Quase tudo que fazemos é relacionado, de alguma forma, à recompensa ou à repreensão. Se estivermos fazendo algo que é gratificante, continuamos a fazê-lo. Portanto, os centros de recompensa e de punição, sem dúvida, se constituem em um dos controladores mais importantes das nossas atividades físicas, nossas ambições, nossas aversões e nossas estimulações (GUYTON; HALL, 2011).
Heroína, nicotina e cocaína são drogas que atuam em diferentes sistemas de neurotransmissores no encéfalo - a heroína sobre o sistema opióide, a nicotina sobre o sistema colinérgico, e a cocaína sobre os sistemas dopaminérgico e noradrenérgico - e produzem diferentes efeitos psicoativos. Entretanto, as três drogas são altamente causadoras de dependência, devido ao fato de que agem em circuitos encefálicos que motivam a conduta do usuário -nesse caso, o comportamento de busca da droga. Drogas que causam dependência atuam na via dopaminérgica que vai da área segmentar ventral para o núcleo accumbens (BEAR; CONNORS ;PARADISO, 2007).
A neurobiologia da dependência química ainda é pouco compreendida, para a cocaína e muitos outros agentes de abuso os efeitos baseiam-se na ativação de receptores da dopamina em regiões do cérebro envolvidas na motivação e no esforço emocional. A cocaína produz seus efeitos psicotrópicos ligando-se ao transportador de dopamina responsável por terminar o efeito da dopamina, o resultado da inibição desse carregador é o aumento da concentração de dopamina. A anfetamina, mais um exemplo de droga causadora de