Projeto Genoma

O Projeto Genoma Café foi concluído em 2004, teve como objetivo o sequenciamento de ESTs de diversos órgãos e tecidos, tais como folhas, raiz, flores, frutos, não só em diferentes estágios do desenvolvimento, mas também a partir de plantas submetidas a diferentes situações de estresses biótipos e abióticos. A escolha dos tecidos e tratamentos para análise baseou – se na identificação dos problemas biológicos limitantes para o desenvolvimento na cafeicultura, tais como susceptibilidade ao frio e à seca; maturação não uniforme dos frutos; composição química de sementes.
As pesquisas se concentram na caracterização de genes relacionados com mecanismo de defesa das plantas em resposta ao ataque de patógenos, e também com genes determinantes do florescimento, desenvolvimento de frutos e composição química de sementes.
Principais pesquisas realizadas até o momento:
RESISTÊNCIA AO BICHO – MINEIRO
A fim de caracterizar e identificar genes que levam à resistência ao bicho – mineiro em café.
GENÉTICA DO FLORESCIMENTO
Controle genético da floração em café. Apesar da importância deste aspecto do desenvolvimento da planta , uma vez que uma maturação uniforme dos frutos depende de uma floração sincronizada. O Coffea arabica, a espécie mais consumida em todo o mundo, é um híbrido formado a partir de duas outras espécies, o Coffea canephora e o Coffea eugenioides. Por esse motivo, o Coffea arabica tem uma base genética muito estreita, tornando a planta muito suscetível a novas doenças.
Benefícios do genoma café
O domínio do código genético tem tornado possível o desenvolvimento de variedades mais produtivas, tolerantes a variações climáticas (como seca e geada) e resistentes ao ataque de pragas e doenças, com reflexos diretos no custo de produção, na proteção ambiental e no incremento de 20 a 30% na produtividade das lavouras, em função do menor uso de defensivos agrícolas. Além disso, os dados gerados por uma pesquisa aceleram a obtenção de cultivares