Projeto de Pesquisa
1. Introdução
Um dos movimentos sociais mais importantes deste início de século parece ser a busca pelo desenvolvimento sustentável. Empresas de setores específicos como bancos, seguradoras, hotéis, indústrias químicas, são constantes participantes e idealizadores de iniciativas voluntárias relacionadas com o desenvolvimento sustentável. Grandes empresas criaram organizações como forma de mostrar seu comprometimento com esse movimento. Cartas de princípios e diretrizes de ação foram elaboradas e subscritas por milhares de empresas, como a Carta de Rotterdam, as Metas do Milênio e o Pacto Global. Os movimentos pró-sustentabilidade foram amplamente aceitos por uma diversidade de setores econômicos, pelo menos no nível do discurso, e não tem precedentes na história recente das empresas. Seu marco inicial ocorreu há pouco mais de vinte anos, com a publicação em 1987 do relatório da Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (CMMAD), conhecida como Comissão Brundtland. O movimento pela qualidade teve início no pós-guerra, mas sua expansão ocorreu nos anos 1980 por motivos internos ao mundo empresarial, pressionado pela necessidade de se readequar a um novo padrão de competição.
Contrariamente ao ocorrido no movimento da qualidade, a adesão das empresas ao desenvolvimento sustentável vem inicialmente de fora para dentro, como um meio de se contrapor às críticas e objeções, responsabilizando-as pelos processos de degradação social e ambiental que atingiam todo o planeta. Só recentemente a adesão das empresas passou a ser induzida por fatores de natureza empresarial ou, dito de outra forma, fazer parte desse movimento passou a ser um fator de competitividade, seja como fonte de diferenciação, seja como fonte de qualificação para continuar no mercado. Este projeto tem por finalidade analisar e desenvolver conhecimento suficiente que permita a substituição da atuais fontes